A história de Santa Fabiola é uma das mais impressionantes do cristianismo primitivo.

Ela nasceu e cresceu em uma família aristocrática, que se orgulhava de seus laços com a realeza e o poder político.

No entanto, Fabiola não se contentava em apenas usufruir dos privilégios que a vida lhe oferecia. Ela era uma mulher inteligente e independente, que buscava um propósito maior para sua existência.

Foi através da sua fé em Jesus Cristo que Fabiola encontrou esse propósito.

A vida de Santa Fabiola é um testemunho do poder transformador da fé e do amor, e uma inspiração para todos que buscam viver de acordo com seus valores mais profundos.

Leia agora e conheça a trajetória dessa santa que nos ensina sobre o poder do arrependimento, do perdão e da perseverança.

 

Nascimento: Roma, Império Romano (atual Itália)

Morte: 27 de dezembro de 399 – Roma, Império Romano (atual Itália)

Dia: 27/12

Origem:

Fabiola nasceu em uma das 100 famílias de elite do Império Romano (patrício). Sua família se chamava gens Fabia.
Ela se casou muito nova com um homem abusivo e infiel com quem a vida era muito difícil.

Perdição:

Para escapar dessa situação de infelicidade e sofrimento, ela se divorciou, pouco tempo depois de ter se casado.

A lei romana em vigor permitia o divórcio.

Porém na Bíblia, divorciar é condenado por Deus do Antigo ao Novo Testamento:

  • Por isso, o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.
    Gênesis 2, 24
  • Quando alguém, por aversão, repudia a mulher – diz o Senhor, Deus de Israel –, cobre de injustiça as suas vestes – diz o Senhor dos exércitos. Tende, pois, cuidado de vós mesmos e não sejais infiéis!”
    Malaquias 2, 16
  • E ele disse-lhes: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira.
    E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”.
    Marcos 10, 11-12

No entanto:

  • Aos casados mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher não se separe do marido.*
    E, se ela estiver separada, que fique sem se casar, ou que se reconcilie com seu marido. Igualmente, o marido não repudie sua mulher.
    1 Corintios 7,10-11

Mas Fabiola se casou uma segunda vez, mesmo do primeiro marido ainda vivo, conforme também permitido pela lei romana.

Redenção:

Sua conversão foi ocorrendo com o contato com as santas Marcela e Paula de Roma.

Ela se arrependeu de ter se casado novamente com o marido ainda vivo.

Quando o seu segundo marido morreu, ela decidiu mudar completamente de vida.

Num Sábado de Aleluia (a véspera da Páscoa), Fabiola decidiu ir fazer uma confissão pública.

Ela estava vestida com um saco (que seria um traje de penitência). Seu rosto estava pálido e os seus cabelos estavam desgrenhados. E as suas mãos e o seu pescoço estavam visivelmente sujos.

Na presença de toda Roma, na porta da Basílica de São João de Latrão, em Roma, ela se colocou nas fileiras dos penitentes pedindo perdão pelos seus pecados.

Ela chorava tanto que todos os demais presentes, fieis e padres e bispos, choravam junto com ela.

O Papa Sirício recebeu ela formalmente e ela pode voltar a receber a comunhão.

Obras:

Resolveu se tornar médica e passou a tratar das pessoas que os outros não queriam tratar.

Ela chegou a carregar paralíticos e leprosos. Além disso, ela também ajudava a preparar a comida e a alimentar as pessoas que estavam nas piores condições de vida.

Passou a ir ao vários monastérios de todas as ilhas próximas para ajudá-los.

Contra os conselhos de todos os seus amigos, ela decidiu ir até à Palestina, junto com o seu parente Oceanus.

Lá, Santa Fabiola morou e trabalhou num hospício no convento dirigido pela sua amiga Santa Paula.

Durante essa época, ela teve grande contato com São Jerônimo e se dedicou ao estudo das Sagradas Escrituras com muito zelo e seriedade.

Sua curiosidade chegou a motivar as cartas de Jerônimo sobre as roupas do sumo sacerdote e sobre os acampamentos no deserto.

Quando os hunos começaram a invadir o oriente, Jerônimo e o bispo de Jerusalém, chamado João, se desentenderam sobre as doutrinas de Orígenes, que são consideradas como sendo o primeiro grande sistema de filosofia cristã.

Todas essas situações fizeram Fabíola decidir retornar à Roma, mas ela continuou a se corresponder com seu mestre.

Chegando lá, ela se juntou com o senador Pammachio para fundar o primeiro hospital público cristão.

Esse hospital ficava em Óstia, junto à foz do rio Tibre.

A sua principal função era a de receber as pessoas de rua que estavam doentes.

Na verdade, ele era mais do que somente um hospital. Ele também dava hospedagem e comida aos necessitados.

Ida aos Céus:

A morte de Santa Fabiola teve grande comoção em Roma.

São Jerônimo escreveu uma biografia sua em carta à um parente dela chamado Oceanus.

  • Qualquer que seja o ponto de seu caráter que eu decida tratar primeiro, torna-se insignificante em comparação com os que se seguem.
    Devo elogiar seus jejuns? Suas esmolas são maiores ainda.
    Devo elogiar sua humildade? O brilho de sua fé ainda é mais brilhante.
    Devo mencionar sua estudada simplicidade no vestido, sua voluntária escolha do traje plebeu e do traje de escrava que ela poderia envergonhar os mantos de seda? Mudar a disposição é uma conquista maior do que mudar de roupa.
    É mais difícil para nós nos separarmos da arrogância do que do ouro e das joias.
    Carta 77 de São Jerônimo

Considerada a padroeira dos divorciados, pessoas com dificuldades no casamento, vitimas de abuso e de adultério, dos sem fé, das viúvas e dos hospícios.

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